domingo, 19 de julho de 2015

“CARIL” DE AMENDOIM E MATAPA OU M’BOA

Arachis Hypogaea, é a denominação científica de amendoim, é uma planta originária da América do Sul, foi difundida para África e sudoeste asiático em meados do séc. XIX, sendo rapidamente assimilada pelos povos locais. É utilizada em múltiplas aplicações desde a industrial, cosmética, à culinária, sobretudo em aperitivos, doces e salgados.
Depois de uma exaustiva pesquisa na internet, conclui que são quase inexistentes, as receitas de pratos em que a base dos mesmos é o amendoim, constatei igualmente que é utilizado na esmagadora maioria das vezes na confeção de aperitivos e sobremesas.
Após esta breve introdução, passemos então à receita propriamente dita:
Numa panela larga refogam-se 2 a 3 cebolas médias, em 2 colheres de sopa de óleo até caramelizar, de seguida juntam-se 2 a 3 tomates médios maduros, pelados e picados deixando apurar no lume mínimo mexendo sempre.
Para este tipo de cozinhado pode ser utilizado, carne de vaca ou de galinha. Depois de obtermos um refogado bem apurado, junta-se a carne selecionada e temperada com sal e pimenta ao gosto e uma chávena de água, deixa-se cozer com o lume no mínimo.
Colocam-se duas chávenas de amendoim cru no copo da varinha com uma chávena de água quente e tritura-se até obtermos um creme o mais fino possível (aparência de nata), em seguida adiciona-se ao refogado, mexendo sempre para que incorpore. Depois de levantar fervura, deixa-se cozinhar em lume brando, durante uma a duas horas até o amendoim cozer e apurar.
Este prato é normalmente servido com arroz branco solto ou então com arroz de coco.

MATAPA ou M’BOA
Segundo os mais velhos lá da terra, este é o que se pode considerar o nosso prato vegetariano por excelência, o processo é muito parecido com o do caril de amendoim com exceção das carnes:
Depois de cozinharmos o amendoim (seguindo as instruções acima referidas) ao fim de uma hora adiciona-se 300 gramas de couve do género do caldo verde, mas mais fina ainda ou na melhor das hipóteses, folhas tenras de abóbora igualmente cortadas o mais fino possível e deixa-se cozinhar e apurar em conjunto com o amendoim. Recordo-me que em determinadas ocasiões juntava-se uma mão cheia de camarão seco “Muxlhé” que não era mais que “krill” (alimento dos grandes cetáceos, tubarões baleia e raias manta) muito comum no Oceano Indico, litoral de Moçambique.
Acompanha com arroz branco.  

5 comentários:

  1. Boa dica para o meu próximo menu...!!! Diz -me onde encontrar mostarda preta...!!!

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    1. Se fores à loja GOJI na rua da queimada de cima, provavelmente encontras isso e muito mais. Abraço

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  2. Olá, primo, há que anos não como esta delícia. Está muito bem confecionado. Bjs

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  3. Olá Paula, Fico satisfeito por teres aventurado por estas especialidades e como não as saboreias à muitos anos é natural que te venha à memória certos episódios lá da terra quando tínhamos a oportunidade de as comer. Bjs
    Nota: Experimenta a Matapa que é mais fácil e leve (minha opinião).

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  4. Ola sr. Luís, estou a adorar ver as suas fantásticas receitas, não resisti e foi fazer a minha comida favorita "caril de amendoin" ahaha, obrigada pelas suas receitas irei tirar muitas ideias

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