Numa
destas manhãs fazia o meu percurso matinal no passeio marítimo da Praia Formosa,
no Funchal e já na zona velha de Câmara de Lobos fui envolvido por certos
aromas que me levaram de imediato à infância, é como alguém um dia disse: “A cozinha é como uma máquina do tempo”; no
momento em que fui atingido por aqueles aromas, tão característicos da “dieta mediterrânica”, viajei até Africa
e vi-me sentado numa praia do Indico a saborear uma magnífica caldeirada de amêijoas,
logo a seguir já retornava ao velho Continente e via-me numa qualquer praia do
litoral Algarvio a petiscar uma mariscada confeccionada numa cataplana; depois,
quase sem dar por isso, deambulava pelas ruelas da velha Lisboa ribeirinha, atrás
do cheirinho daquela caldeirada tão sabiamente preparada pelas tascas que por
ali proliferam;
A
minha dificuldade está na escolha do sítio onde me sentaria a degustar uma
caldeirada!
Depois
desta viajem pelas minhas memórias de aromas, sabores e lugares, assento
arraiais na minha cozinha, e passo a apresentar-vos o meu improviso de caldeirada de bacalhau, numa óptica da dieta mediterrânea, ao som da música de
-EsbjornSvensson Trio-, como
de uma banda sonora se tratasse, numa abordagem muito particular de interpretar
o jazz:
Ingredientes:
·
2 Postas de bacalhau demolhado
·
4 Dentes de alho
·
1 Cebola grande
·
Azeite QB
·
4 Tomates médios maduros
·
1 Pimento vermelho
·
4 Batatas médias
·
2 Folhas de louro
·
Sal e pimenta ao gosto
·
1 Colher de sopa de colorau
·
1 Ramo de coentros frescos
·
Sumo de 1 limão
Modo
de preparação:
Num
tacho largo começamos por colocar às camadas, alho fatiado fino, folhas de
louro, seguido da cebola, tomate cortado rusticamente cobrindo uniformemente a
cebola, bacalhau cortado em pedaços mais pequenos, pimento em tiras e por fim a
batata em rodelas, temperamos com as especiarias, regamos com azeite ao gosto e
levamos a lume brando. Quando começa a ferver vertemos o sumo do limão diluído
em ½ litro de água, tapamos e deixamos cozinhar até a batata ficar macia,
retiramos do lume, polvilhamos com os coentros frescos picados e servimos.
Boa audição e bom apetite…
Deve ser uma maravilha
ResponderEliminarObrigado pelo teu comentário e asseguro-te que é um belo repasto.
ResponderEliminarolala! Fantástico. Só lhe retiro o coentro... desculpa sei que é uma heresia. Abraço
ResponderEliminarOh meu caro...para ti, pode ser talvez cebolinho, olha que vais gostar e quanto à heresia...não é conversa para nos. Abraço.
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